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Coronel diz que citou Moraes como “centro de gravidade”

Coronel do Exército explica roteiro de ações que visam fortalecer laços entre as Forças Armadas e o Judiciário. Moreira nega intenções violentas e destaca falta de coesão entre os comandos militares.

Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, afirmou que citou o ministro do STF Alexandre de Moraes como “centro de gravidade” por afetar a confiança entre o Exército e o Judiciário.

Moreira prestou depoimento à PGR na 2ª feira (28.jul.2025) durante o interrogatório dos réus do núcleo 3 no STF, do qual ele e Bernardo Romão Correa Netto são réus. O coronel declarou ter escrito um roteiro de ações para as Forças Armadas, por iniciativa própria, destacando:

  • Falta de coesão dentro da Força;
  • Necessidade de alertar os comandantes;
  • Criação de um gabinete de crise;
  • Ações no campo informacional.

O item 5 do roteiro instruía: “O Exército deverá contatar o presidente do Legislativo e do Judiciário, visando a confiança entre o presidente e o comandante do Exército. Centro de gravidade: Alexandre de Moraes”.

Moreira negou implicações violentas em seu roteiro, explicando o conceito de “neutralização” como temporário e não letal. Disse que o roteiro foi motivado por manifestações em frente a unidades militares e visava zelar pela imagem do Exército.

Ele apresentou duas versões do roteiro, enviadas a Romão 49 minutos após uma confraternização militar, destacando que usou o Manual de Fundamentos de Comunicação do Exército e que o documento foi mostrado apenas a Romão.

O núcleo 3 é composto por 9 militares e 1 policial, acusados de monitorar e neutralizar autoridades públicas, além de pressionar o comando do Exército para o golpe.

Interrogatórios:

  • 24.jul: réus dos núcleos 2 e 4;
  • 9 e 10.jun: réus do núcleo 1, incluindo Jair Bolsonaro.
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