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Coronel confirma ao STF que repassou carta que pressionava Exército por golpe

Coronel do Exército admite ter repassado carta que visa pressionar alta cúpula militar a apoiar golpe. A declaração foi feita durante o depoimento ao STF, que investiga a tentativa de desestabilizar o governo após as eleições de 2022.

Coronel do Exército Fabrício Moreira de Bastos confirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que teve acesso à Carta ao Comandante do Exército, relacionada a uma tentativa de golpe após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022.

Bastos revelou que repassou o documento para seu superior, coronel De La Vega, a pedido deste. A carta, oriunda de oficiais da "turma de 1997", visava pressionar o comando militar.

Durante o interrogatório, Bastos detalhes que recebeu a carta através de um contato e que o objetivo era desincentivar novas adesões ao documento, além de evitar sua divulgação.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou os tenentes-coronéis Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Sérgio Cavaliere como coautores da carta, que foi vazada pelo jornalista Paulo Figueiredo com a intenção de aumentar a pressão sobre comandantes contrários ao golpe.

Bastos criticou a qualidade da carta, afirmando que era mal elaborada e não teria efetividade para pressionar os 16 comandos do Exército. Ele também mencionou que o Exército puniu militares que assinaram ou divulgaram o documento.

O caso está sob investigação do STF, que apura a tentativa de ruptura institucional.

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