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Copom mantém Selic em 15% ao ano e confirma pausa nas altas de juros

Copom decide manter a taxa Selic em 15% ao ano, sem previsão de cortes. A medida é uma resposta à inflação controlada, mas com riscos decorrentes da política comercial dos EUA.

Copom mantém taxa Selic em 15% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, na quarta-feira (30), manter a meta da taxa Selic em 15% ao ano, o maior nível desde junho de 2006. A decisão veio após sete elevações consecutivas.

A partir de setembro do ano passado até junho deste ano, a Selic subiu 4,5 pontos percentuais. A maioria dos analistas esperava essa manutenção, já prevista no comunicado anterior.

Com 96% dos investidores prevendo a manutenção, a renda fixa continua atraente. Isso pressiona a renda variável e pode atrair dólares para o mercado brasileiro, auxiliando no controle da inflação.

Nas próximas reuniões, as expectativas para 2026 começam a influenciar as decisões do Copom, enquanto as perspectivas para 2025 tendem a recuar.

Decisão do Fed nos EUA

O Federal Reserve (Fed) também manteve suas taxas de juros entre 4,25% e 4,5% ao ano. A decisão não foi unânime, indicando pressões políticas. A última leitura da inflação nos EUA mostra preocupações com pressões tarifárias e um mercado de trabalho apertado.

Desde a última reunião do Copom, a inflação no Brasil se comportou de forma mais amena, mas o anúncio de tarifas por Trump aumentou a percepção de risco no mercado, valorizando o dólar.

A expectativa de inflação para 2025 caiu de 5,25% para 5,09%, enquanto para 2026 passou de 4,5% para 4,44%. A meta do BC é de 3% com uma banda de tolerância de 1,5 ponto.

A inflação sofreu leve desaceleração, com o IPCA em 5,32% em 12 meses, mas permanece acima do desejado. O tarifaço de Trump pode ser deflacionário, reduzindo preços de produtos como café e carne no Brasil.

Embora investidores esperem cortes na Selic a partir do primeiro trimestre de 2026, a possibilidade de um ajuste inicial ainda em dezembro é debatida. O Copom destaca a necessidade de cautela em um cenário global incerto.

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