'Copacabana pode, mas Amazônia não?', questiona Barbalho sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial
Governador do Pará defende exploração de petróleo na Margem Equatorial, comparando-a à atividade já presente em Copacabana. Ele alerta sobre a necessidade de desenvolvimento social e criticou a “contaminação ideológica” que impede pesquisas na região amazônica.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu a pesquisa da Petrobras na Margem Equatorial, comparando a Foz do Rio Amazonas com Copacabana. Ele argumentou que o Brasil, como país em desenvolvimento, não pode abrir mão do combustível fóssil.
Barbalho e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), participaram de um evento no Guarujá, onde Barbalho afirmou que o debate sobre a pesquisa deve ser feito com honestidade. Ele questionou a lógica de permitir perfurações perto de Copacabana, mas vetar na Amazônia, destacando a necessidade de transformar riquezas em desenvolvimento social.
O governador criticou a “contaminação ideológica” no debate e alegou que a área onde a Petrobras deseja atuar está em mar aberto, similar a exploração já realizada por países vizinhos.
Barbalho destacou que é necessário apresentar um plano de contingência e que o governo deve agir com “objetividade e pragmatismo”. Ele ressaltou que o bloqueio à exploração impede o desenvolvimento da Amazônia e contribui para altos índices de desemprego e baixos IDHs.
Ele também mencionou como o Pará se tornou referência em desenvolvimento sustentável, sendo um dos maiores estados mineradores do Brasil. Barbalho enfatizou a importância da exploração de petróleo para o equilíbrio entre os estados.
Cláudio Castro apoiou a defesa da exploração petrolífera, destacando que a riqueza do petróleo é crucial para o equilíbrio das contas públicas no Rio de Janeiro.
Em maio, o Ibama aprovou o plano de proteção à fauna oleada da Petrobras, permitindo a realização de vistorias e simulações para a perfuração na Bacia da Foz do Amazonas.