Controladora do aeroporto de Guarulhos avança em acordo com credores, e acionistas suspendem assembleia
Invepar busca acordo com credores para evitar recuperação judicial e suspende assembleia de acionistas. A empresa acumula dívidas de R$ 1,5 bilhão e tenta um "standstill" para estabilizar sua situação financeira.
Invepar, controladora do aeroporto de Guarulhos, enfrenta turbulência financeira com uma dívida de R$ 1,5 bilhão. A empresa avança em negociações com credores para evitar recuperação judicial.
A maioria dos credores concordou em implementar um "standstill", que suspende a cobrança de dívidas. A assembleia extraordinária realizada em 12 de outubro não tomou decisões e foi suspensa até 16 de outubro, com possibilidade de retorno antes.
Em 15 de maio, a Invepar protocolou um pedido à Justiça do Rio de Janeiro solicitando cautelar para antecipar os efeitos da recuperação judicial, visando proteger seu caixa.
A cautelar, aprovada pelo juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, impede cobranças e penhoras e requer um relatório das atividades da Invepar e suas controladas em 30 dias.
Se não houver acordo com os credores, a Invepar disse que poderá protocolar pedido de recuperação judicial. A dívida inclui mais de R$ 670 milhões em debêntures de fundos como Mubadala e Previ.
A Invepar também mencionou problemas causados por litígios entre a Lamsa e o município do Rio de Janeiro, além de suas participações em diversas concessões de infraestrutura.
No quarto trimestre do último ano, a Invepar reportou um prejuízo líquido de R$ 40,4 milhões, em comparação a um lucro de R$ 5,2 milhões no mesmo período de 2023.