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Contas de luz sobem com ‘jabutis’, subsídio e furto embora Brasil seja visto como um país de energia barata

Fatores como subsídios, furtos de energia e eventos climáticos contribuem para o aumento das tarifas elétricas, que subiram 177% em 15 anos. Especialistas destacam a necessidade de uma política técnica e integrada entre Legislativo e Executivo para modernizar o setor.

Brasil: energia barata, conta de luz cara.

Especialistas apontam fatores como subsídios, furtos de energia e jabutis em leis como causas para o aumento da tarifa de energia elétrica, que subiu 177% nos últimos 15 anos, enquanto a inflação foi de 122%.

Recentemente, o Congresso aprovou trechos em um projeto sobre energia eólica offshore, adicionando obrigações de contratação que impactam tarifas. O presidente Lula vetou parte, mas alguns vetos foram derrubados. O governo estima um impacto de R$ 35 bilhões nas contas, tentando reduzir para R$ 11 bilhões.

Mateus Cavaliere, da consultoria PSR, critica o custo a longo prazo de algumas políticas, questionando seu impacto real na sociedade.

Outro ponto em debate é a geração distribuída. Victor Hugo Iocca, da Abrace, destaca que consumidores ricos, com painéis solares, recebem subsídios muito maiores que os pobres.

A energia solar representa 22% da matriz elétrica brasileira, evitando a emissão de 66,6 milhões de toneladas de CO2. Porém, a geração distribuída tem um tratamento diferenciado nas tarifas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

As perdas não técnicas, como furtos de energia, custaram R$ 10,3 bilhões no último ano, com Rio de Janeiro e Amazonas liderando os índices. João Mello, da Thymos Energia, associa esses problemas a organizações criminosas.

Eventos climáticos como incêndios afetaram a energia em 2024, além de secas que impactam a geração hidrelétrica, forçando o uso de térmicas mais caras.

Cavaliere alerta para o crescimento desenfreado do custo da energia, sinalizando a necessidade de mais investimentos futuros.

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