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Construção em 2023 teve disparada em número de trabalhadores, mas sem aumento de salário médio, diz IBGE

Apesar do crescimento no número de empregos na construção civil, salários médios caem para o menor nível desde 2007. A pesquisa revela que a expansão de 6,7% no emprego não se refletiu em melhores remunerações para os trabalhadores do setor.

Número de trabalhadores na indústria da construção alcançou 2,5 milhões em 2023, representando um aumento de 6,7% em relação a 2022. É o maior nível desde 2014 (2,9 milhões), segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (22).

No entanto, a média salarial ficou em 2,1 salários mínimos, uma queda em relação a 2022 (2,2 salários-mínimos) e o menor valor desde 2007. Marcelo Miranda, pesquisador do IBGE, destacou que, ao contrário de outros setores pós-pandemia, o emprego na construção não diminuiu, mas aumentou.

Entre 2019 e 2023, o número de ocupados cresceu em 559,5 mil pessoas, totalizando uma expansão de 29,4%. Dentre os segmentos, os serviços especializados para construção atingiram um recorde com 809,8 mil trabalhadores. Os maiores aumentos de trabalhadores em 2023 foram nas seguintes áreas:

  • Construção de edifícios: 7,6%
  • Obras de infraestrutura: 6,4%
  • Serviços especializados para construção: 5,8%

Contudo, o aumento no número de empregados não teve reflexo nos salários. A partir de 2014, a média salarial vem apresentando queda, especialmente nas obras de infraestrutura, onde a média permaneceu em 2,6 salários mínimos, o menor desde 2020.

Miranda observou que a estagnação salarial neste segmento pode ter influenciado a falta de incremento no salário médio da indústria da construção.

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