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Construção de Brasília custou 12% do PIB brasileiro

O custo de construção de Brasília foi monumental, representando 12,3% do PIB da época. Especialistas divergem sobre o impacto econômico da nova capital, destacando tanto os gastos elevados quanto os benefícios para o desenvolvimento do Centro-Oeste.

A construção de Brasília durou 4 anos, até sua inauguração em 21 de abril de 1960, e custou 12,3% do PIB do Brasil em 1959. Em 2024, o custo equivalente é estimado em R$ 1,44 trilhão, 33% maior que a despesa com previdência prevista para 2025.

O engenheiro e economista Eugênio Gudin calculou, em 1960, o custo em US$ 1,5 bilhão, e criticou a obra, considerando-a excessivamente cara. Em atualização, o valor chega a US$ 16 bilhões (R$ 94 bilhões) ou R$ 106 bilhões, com a correção pelo IGP da FGV. Isso é mais que o dobro das R$ 50 bilhões em emendas de congressistas para 2025.

O economista Carlos Eduardo de Freitas defende que o custo da obra deve ser avaliado em relação ao PIB, ressaltando o esforço fiscal na época. Para ele, a construção de Brasília impulsionou o desenvolvimento econômico, conectando regiões do país.

Freitas observa que a expansão da malha rodoviária e a construção da nova capital melhoraram a produção agrícola no Centro-Oeste e Norte. A criação da Embrapa, em 1973, é vista como um exemplo de avanço tecnológico nessa área.

O jornalista Ib Teixeira estimou, em 1996, que o custo total da construção de Brasília, desde sua fundação, chegou a US$ 155 bilhões (ou R$ 1,86 trilhão atualizado), incluindo transferências federais e aumento da dívida pública.

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