Consignado privado pode alcançar R$ 100 bilhões até o fim do ano no país, diz presidente da Caixa
Caixa Econômica prevê que crédito consignado privado pode alcançar R$ 100 bilhões até o fim de 2025. O presidente do banco destaca a democratização do acesso ao crédito e a redução das taxas de juros no mercado.
Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, afirmou que o crédito consignado privado pode alcançar R$ 100 bilhões até o final de 2025, se mantido o atual ritmo.
Ele destacou que, nas últimas duas décadas, esse crédito tradicional somou apenas R$ 40 bilhões.
O executivo mencionou que, desde o início do crédito do trabalhador em março, foram ultrapassados R$ 12 bilhões em concessões. Com isso, a projeção para o fim do ano é otimista.
Vieira explicou que muitos consumidores anteriormente utilizavam crédito mais caro, como o cartão. Com a nova modalidade, as instituições financeiras precisaram se adaptar, inicialmente usando a plataforma da Dataprev, e depois desenvolvendo sistemas próprios.
Ele acredita que esta nova opção aumentará a base de crédito, permitindo acesso a quem antes não podia. Na maioria dos contratos firmados na Caixa, prevaleceu a contratação de novos empréstimos, ao contrário do que ocorre na maioria do mercado, que envolve trocas de dívidas.
O presidente ressaltou que a competição nessa modalidade pode reduzir as taxas de juros e democratizar o acesso ao crédito. A Caixa possui a taxa média mais baixa do mercado, de 2,5%, chegando a 1,7% para alguns perfis.
Resultados financeiros:
- Lucro recorrente no 1º trimestre de 2025: R$ 4,9 bilhões (aumento de 71,5% em relação a 2024).
- Carteira de crédito: R$ 1,26 trilhões, crescimento de 10,7% ao ano.
- Margem financeira: R$ 16 bilhões, alta de 4,8% anual.
- Retorno sobre patrimônio (ROE): 11,8%, avanço de 2,8 pontos percentuais.
- Índice de inadimplência: leve aumento para 2,49% em março.
A Caixa espera recuperar os níveis de inadimplência rapidamente.