“Conservadoras e queridinhas”: por que as elétricas brilham na Bolsa em 2025?
Setor elétrico se destaca com novas máximas em meio a expectativas de corte de juros no Brasil. Análise indica que as ações de utilities são vistas como oportunidades tanto para preservação de capital quanto para ganhos em cenário de flexibilização monetária.
Ibovespa em alta: O índice ultrapassou os 135 mil pontos nesta semana, com 14 ações atingindo novas máximas históricas em abril.
Setores como energia elétrica e seguros se destacaram, cada um com três papéis que se valorizaram. As elétricas Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6) e Taesa (TAEE11) foram as principais.
Perspectivas de corte nos juros no Brasil e em outros mercados estão impulsionando o mercado, segundo o Bradesco BBI. O custo de capital próprio (COE) é visto como crucial para as ações brasileiras neste ano.
O setor de utilities (serviços públicos) está atraente para diversas estratégias, tanto para preservação quanto para ganhos com a queda na taxa básica de juros.
Nos últimos meses, as ações de utilities superaram a performance geral do Ibovespa, com um avanço de 500 pontos-base acima do índice.
O BBI utiliza três critérios para avaliar a sensibilidade das ações do setor às variações de juros, e recomenda uma estratégia de alocação conhecida como barbell.
No cenário internacional, a disputa comercial e a possibilidade de recessão nos EUA estão presentes, com projeções de cortes de juros pelo Federal Reserve.
A valorização de empresas como Equatorial reflete a nova visão dos investidores sobre os serviços públicos, considerados conservadores, mas agora também como instrumentos para potenciais ganhos.
A cesta cíclica do BBI mostra uma alta de 9% no ano, superando o índice geral, evidenciando o crescente interesse pelo setor elétrico.