Conselheiro de Trump assume fundação humanitária para Gaza

Johnnie Moore, líder evangélico e conselheiro do presidente dos EUA, Donald Trump, foi nomeado presidente da GHF (Gaza Humanitarian Foundation) em 3 de junho de 2025. A nomeação ocorreu após a renúncia de Jake Wood, que deixou o cargo por não conseguir garantir a independência da fundação em relação a interesses israelenses.

Moore, que já defendia publicamente a GHF, enfrentará dificuldades operacionais. Ele contestou críticas sobre a iniciativa, afirmando a António Guterres, secretário-geral da ONU, que relatos de palestinos mortos durante a distribuição de ajuda eram “uma mentira”, atribuída a terroristas.

A fundação anunciou que seus pontos de distribuição fecharão em 4 de junho para “atualização e melhoria de eficiência”, com retorno das operações previsto para 5 de junho. Moore declarou: “A GHF acredita que servir o povo de Gaza com dignidade deve ser a prioridade.”

A GHF distribui ajuda no sul da Gaza e relata ter entregue mais de 7 milhões de refeições na semana anterior à sua nomeação, números não verificados independentemente. Autoridades locais registraram um morto e mais de 50 feridos em 27 de maio, quando forças israelenses abriram fogo em um centro de distribuição.

A BCG (Boston Consulting Group), responsável pelo planejamento logístico da GHF, encerrou sua participação em 30 de maio, relatando que trabalhos não aprovados careciam de apoio multilateral. O funcionário responsável foi colocado em licença para uma revisão interna.

O Washington Post destacou que a BCG ajudou a desenvolver a iniciativa em coordenação com Israel e definiu preços para construir

• 4 centros de distribuição no sul de Gaza
• Foi mencionado que a fundação enfrentaria dificuldades em operar sem o suporte dos consultores que ajudaram a criá-la.

Na biografia da Kairos, empresa de consultoria fundada por Moore, ele é descrito como um “amigo evangélico notável do Estado de Israel” e um importante articulador de relações entre os EUA e governos do Oriente Médio. John Acree, diretor interino da GHF, elogiou Moore como um líder com histórico de princípios e trabalho humanitário.