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‘Conseguir assinatura para regime de urgência não significa que projeto vá para pauta’, diz Gleisi

Ministra Gleisi Hoffmann articula com presidente da Câmara para barrar urgência da anistia, enquanto a oposição pressiona por votação. Descontentamento no governo aumenta após apoio de aliados ao projeto controverso que revoga penas de atos de 8 de janeiro.

BRASÍLIA – A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, articula ao lado do presidente da Câmara, Hugo Motta, para barrar a votação em urgência do projeto de anistia a condenados por atos golpistas de 8 de janeiro.

Na noite de 10 de novembro, a oposição conseguiu 257 assinaturas para acelerar a proposta, mas Gleisi acredita na capacidade de Motta de evitar uma nova crise institucional. “Conseguir assinaturas não significa que o projeto vá a votação”, afirmou.

O apoio à anistia inclui partidos da base aliada do governo, causando mal-estar no Planalto. Gleisi defendeu a discussão sobre a revisão de penas, mas recuou após descontentamento do STF.

Motivado, o presidente da Câmara busca um pacto entre os três Poderes. Ele conversou com Lula, Bolsonaro e ministros do STF, e tentará consultar líderes partidários para chegar a um acordo.

Se o projeto não for pauta após a Páscoa, o PL ameaça obstruir votações do Planalto. Motta sugeriu um indulto para condenados não envolvidos na violência de 8 de janeiro, proposta que Lula rejeitou.

Gleisi criticou a proposta por encobrir crimes de Bolsonaro e generais, enquanto Motta relatou uma reunião otimista com o ex-presidente sobre ajustes no projeto, mas Bolsonaro depois reiterou sua demanda de anistia “ampla, geral e irrestrita”.

Neste contexto, o ex-presidente é réu no STF por tentativa de golpe e está inelegível até 2030.

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