Conheça os negócios da família de banqueiros alvos de operação em SP
Polícia Civil realiza operação contra membros da influente família Pinheiro, acusados de desvio de dinheiro em negócios financeiros. Justiça autoriza apreensão de bens até R$ 500 milhões durante a investigação que envolve atividades de lavagem de dinheiro.
Operação Floresta Devastada da Polícia Civil de São Paulo investiga três membros da família Pinheiro, tradicional no Ceará e com negócios no setor financeiro.
Os alvos são: Nelson Nogueira Pinheiro, Noberto Nogueira Pinheiro e Jaime Nogueira Pinheiro Filho, sócios da MRCP Participações S/A. A acusação envolve desvio de dinheiro de clientes, principalmente relacionado a Nelson.
A Justiça autorizou a apreensão de bens até R$ 500 milhões, com a execução de 11 mandados de busca e apreensão em nove locais.
A MRCP, fundada em 2015, opera no setor de sociedades de participação. A investigação começou em 2023, após suspeitas de fraude na recuperação extrajudicial da Brickell Participações.
Noberto Pinheiro distanciou-se de Nelson há anos e menciona que sua participação na holding é para planejamento sucessório.
A recuperação extrajudicial da Brickell foi revogada em 2022 após credores questionarem o plano. A história remonta a 2016, ligada à Operação Lava-Jato, onde o FPB Bank, de propriedade de Nelson, foi acusado de lavagem de dinheiro.
Foi descoberto que clientes do FPB tentaram sacar seus fundos, mas encontraram contas vazias. Acredita-se que R$ 100 milhões foram desviados para uma offshore chamada Infiniti.
O Banco Pine, controlado por Noberto, foi fundado em 1997 e destaca a tradição da família no mercado financeiro desde 1939.
Nelson também herdou o Banco BMC e é sócio da Ducoco, em recuperação judicial. A defesa de Nelson não se pronunciou, enquanto o Banco Pine afirma que não mantém vínculo com ele desde 2005.