Conheça o ‘pai da soja’, que ajudou o Brasil a se tornar o maior produtor e exportador do mundo
Romeu Kiihl, pioneiro no melhoramento genético da soja no Brasil, compartilha sua trajetória e reflexões sobre a evolução da cultura no país. O engenheiro agrônomo destaca a importância da genética, correção do solo e ousadia dos agricultores na transformação do Brasil em líder global na produção de soja.
Romeu Afonso de Souza Kiihl, o “pai da soja tropical”, começou sua carreira na soja por acaso, em meio a sua paixão pelo café. Natural de Caconde, SP, ele formou-se pela USP e obteve mestrado e doutorado na Mississippi State University, EUA.
Com 83 anos, Kiihl desenvolveu mais de 150 variedades de soja, tornando o Brasil o maior produtor e exportador mundial. Na safra 2024/2025, a produção alcançou 168,3 milhões de toneladas.
Para Kiihl, o sucesso da soja no Brasil central deve-se a três fatores: genética, correção do solo e o agricultor brasileiro. Ele elogiou a coragem dos agricultores migrantes que desbravaram novas regiões.
Ainda ativo em sua pesquisa, Kiihl destaca a edição de genes como uma oportunidade promissora para melhorar a soja, tornando seus óleos comparáveis aos de canola e oliva. Ele participará do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) de 21 a 24 de julho em Campinas, SP.
Kiihl enfatiza a importância da agricultura regenerativa, defendendo que os agricultores buscam preservar o meio ambiente através de práticas sustentáveis. Matopiba surge como a principal área de expansão da soja no Brasil.
Por fim, ele encoraja os jovens a estudarem e se prepararem, pois o futuro da agricultura passa por uma nova geração disposta a inovar e construir um Brasil ainda mais forte no setor agrícola.