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Congresso pode sustar o aumento do IOF? Pode, mas medida é pouco usada nesse tema

Congresso avalia ações contra aumento do IOF após reunião com ministro da Fazenda. Governos e especialistas analisam se é viável sustar a medida por meio de Projeto de Decreto Legislativo.

Brasília está agitada com a possibilidade de o Congresso sustar o pacote do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pela Fazenda em 22 de maio.

Na semana passada, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reuniram-se com o ministro Fernando Haddad para discutir o tema e deram um prazo de dez dias para o governo apresentar alternativas ao aumento do IOF.

Embora Haddad tenha prometido apresentar uma solução até amanhã, permanece a dúvida sobre se o Congresso pode impedir a medida e qual instrumento usar para isso.

Segundo reportagem do InfoMoney, a sustação de decretos do Poder Executivo é rara, mas o governo costuma revogá-los quando um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) está em tramitação.

O PDL regula matérias de competência exclusiva do Legislativo, mas não há registros de sustação de decreto que aumente alíquotas por esse instrumento. O aumento do IOF é, em regra, competência do Executivo.

Especialistas afirmam que, se o decreto que altera alíquotas desviar seu propósito, pode ser questionado via PDL.

O PDL é usado para:

  • Aprovar tratados internacionais com encargos ao patrimônio nacional;
  • Autorizar estado de defesa ou intervenção federal;
  • Sustar atos do Executivo que excedam seu poder regulamentar.

Por não depender de sanção ou veto presidencial, o PDL tramita apenas no Congresso e é promulgado pelas Mesas da Câmara e do Senado. Para sustar um ato do Executivo, o PDL precisa ser aprovado em ambas as Casas.

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