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Congresso ainda vota algo em 2025? Embate com Lula deve dar tom do segundo semestre

Congresso retorna ao trabalho com desafios pela frente, incluindo pautas importantes para o governo Lula e tensões entre poderes. A relação entre Executivo e Legislativo poderá ser dificultada por um clima hostil e a necessidade de negociações com os parlamentares.

Volta ao trabalho do Congresso em agosto traz pautas do interesse do governo Lula como:

  • Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil;
  • Tarifa social da energia elétrica.

A animossidade parlamentar pode dificultar esses planos, com o Legislativo retornando "machucado" após as críticas de Lula sobre ser um "inimigo do povo", segundo o cientista político Creomar de Souza.

O presidente vetou um projeto que aumentaria o número de deputados, e o Congresso respondeu com projetos que aumentam gastos públicos, como R$ 30 bilhões em crédito subsidiado para o agronegócio.

Popularidade de Lula melhorou, mas seu impacto na política é incerto. No Congresso, há crescente preocupação com a possível inconstitucionalidade das emendas impositivas, criando mais conflitos.

Souza acredita que algumas agendas do governo têm importância eleitoral, especialmente a tariffa social de energia e a isenção do Imposto de Renda, que precisam ser resolvidas rapidamente.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, suspendeu o funcionamento das comissões, o que indica resistência a propostas que desafiem o Judiciário ou favoreçam Bolsonaro.

Além disso, a possibilidade de obstruções na Câmara, especialmente com o risco de prisão de Bolsonaro, pode tornar o processo legislativo mais moroso, exigindo concessões ao Centrão.

O desafio para os presidentes do Congresso será equilibrar interesses e pautas, com poucos indicativos de aumento substancial no número de propostas a serem votadas.

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