Confrontos cessam após drusos retomarem controle no sul da Síria
Moradores da província de Sweida, na Síria, enfrentam desolação e falta de recursos, mesmo após a redução temporária da violência. A situação permanece crítica, com a necessidade urgente de ajuda humanitária e a recuperação de serviços básicos.
Calma relativa em Sweida, após uma semana de violência sectária e bombardeios de Israel. Neste domingo (20), moradores relatam uma trégua na província majoritariamente drusa, após o governo anunciar a retirada de combatentes beduínos e os EUA intensificarem os apelos por paz.
O número de mortos na recente onda de confrontos é incerto. O OSDH contabilizou mais de 1.000 mortes desde 13 de julho, enquanto a Rede Síria para os Direitos Humanos registrou pelo menos 321 mortes entre civis, incluindo mulheres e crianças.
A crise começou no domingo (13), com o sequestro de um comerciante druso. O governo sírio enviou tropas para conter o conflito, e Israel bombardeou a região sob o pretexto de proteção aos drusos.
Desconfiados, líderes drusos acreditaram que as tropas iriam atacá-los. Além disso, Israel bombardeou instalações estratégicas da Síria, como o Ministério da Defesa e o palácio presidencial.
O presidente interino Ahmed al-Sharaa afirmou que proteger os drusos é prioridade. Contudo, a crise desafia a disposição do governo de unir as minorias do país e melhorar relações com os EUA. O enviado dos EUA, Tom Barrack, destacou a fragilidade da atual situação.
No sábado, a Presidência síria anunciou um cessar-fogo, e no domingo comunicou que a calma estava sendo restabelecida, permitindo troca de prisioneiros e busca por estabilidade.
No entanto, moradores ainda enfrentam a falta de serviços básicos e a necessidade urgente de ajuda humanitária. A entrada de um comboio do governo foi negada, enquanto a ajudada pelo Crescente Vermelho Sírio foi autorizada.