Conflitos internos e corte de recursos dificultam resgates em Mianmar
Mianmar luta para lidar com as consequências do terremoto devastador enquanto enfrenta a redução de apoio internacional. A situação se agrava com a combinação de conflitos internos e necessidades crescentes de assistência humanitária.
Mianmar enfrenta desafios severos após um potente terremoto. O evento de magnitude 7,7 ocorreu em 28 de março, próximo a Mandalay, provocando a morte de mais de 3.000 pessoas e destruindo 40% da cidade.
As dificuldades incluem o resgate de vítimas, acolhimento de desabrigados e reconstrução. Diogo Alcântara, do Acnur, ressaltou a redução de recursos para o setor humanitário e os conflitos armados como obstáculos significativos.
O Acnur tinha suprimentos suficientes para 25 mil pessoas, mas agora se preocupa com o desabastecimento em ações de socorro. O porta-voz afirmou que as necessidades humanitárias estão crescendo, especialmente devido ao conflito em curso. A internet também está limitada devido à junta militar e à infraestrutura danificada.
O terremoto, com uma profundidade de 10 km, foi sentido até em regiões distantes, como Bangkok e a China. A junta militar controla a mídia, dificultando a verificação de informações independentes sobre a tragédia e os conflitos internos.
As condições de vida estão se deteriorando rapidamente, e atualmente, 20 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no país, que tem 54 milhões de habitantes. Alcântara prevê que os esforços de recuperação serão longos e complicados devido à situação política instável.