Confira um resumo da defesa de Bolsonaro durante julgamento no STF
Bolsonaro se defende de acusações de golpe alegando que apenas considerou alternativas constitucionais. Ex-presidente enfatiza que não houve a assinatura de decretos e nega a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Interrogatório de Jair Bolsonaro: O ex-presidente foi ouvido ontem (11.06) pela Procuradoria Geral da República (PGR) por acusações de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
A estratégia de Bolsonaro consistiu em afirmar que não houve golpe, mas cogitações sobre anulação das eleições após enfrentarem dificuldades no TSE, resultando em uma multa de R$ 22 milhões.
Entre as alternativas mencionadas estavam:
- Decretação do estado de defesa (art. 136)
- Estado de sítio (art. 137)
- Intervenção das Forças Armadas (art. 142)
Bolsonaro enfatizou que apenas consultou as Forças Armadas sobre a viabilidade de aplicar esses artigos, mas aceitou as negativas dos comandantes quanto à sua utilização. Ele alegou que não assinou nada nem levou decretos ao Congresso, já que uma intervenção militar necessitaria de aprovação parlamentar.
O ex-presidente também se desculpou por algumas declarações sobre ministros do STF, classificando-as como expressões retóricas sem provas.
Por fim, ele transferiu o debate sobre as urnas para o STF, afirmando que a discussão não existiria se o voto impresso tivesse sido aprovado, reiterando que sempre defendeu essa medida.
Resumo: A defesa de Bolsonaro sustenta que não houve tentativa de golpe, mas apenas considerações constitucionais que não foram concretizadas.