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Confiança do consumidor nos EUA cai ao menor nível em cinco anos

Queda na confiança do consumidor reflete incertezas sobre a economia e o mercado de trabalho nos EUA. Tarifas crescentes e pessimismo generalizado sinalizam desafios futuros para o crescimento econômico.

Confiança do consumidor nos EUA caiu em abril para o menor nível em quase cinco anos, atingindo 86 pontos, a menor desde maio de 2020. Essa queda de quase 8 pontos marca a quinta redução mensal consecutiva, o período mais longo desde 2008.

O aumento do pessimismo deve-se ao impacto das tarifas sobre a economia e o mercado de trabalho, refletindo também na pesquisa da Universidade de Michigan. A proporção de consumidores que acredita que as condições de negócios vão piorar nos próximos meses é a mais alta desde março de 2009.

A proporção que prevê menos empregos também atingiu o maior nível em 16 anos. Além disso, a expectativa para os próximos seis meses decaiu para o menor nível desde 2011, enquanto o indicador das condições atuais também mostrou queda.

Segundo Stephanie Guichard, economista sênior do Conference Board, os componentes da expectativa - condições de negócios, perspectivas de emprego e renda futura - deterioraram-se acentuadamente, evidenciando o pessimismo generalizado.

Além disso, preocupações sobre a demanda e aumento nos preços foram sinalizadas pelos executivos. As expectativas de inflação dos consumidores atingiram o maior nível desde novembro de 2022, e a parcela que espera juros mais altos também subiu.

Os dados de emprego indicam que 16,6% dos consumidores enfrentam dificuldades para conseguir emprego, o maior índice desde outubro. A diferença entre a oferta e a procura de empregos é a menor desde setembro.

Um relatório separado indicou que o débito comercial dos EUA aumentou inesperadamente em março, refletindo a antecipação das empresas às tarifas, sugerindo um cenário fraco para o Produto Interno Bruto (PIB) a ser divulgado.

Apesar do pessimismo em algumas métricas, as vendas no varejo em março mostraram o maior ganho em mais de dois anos e a inflação geral desacelerou. No entanto, as expectativas financeiras pessoais deterioraram-se, com a maior parte prevendo uma queda na renda nos próximos seis meses.

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