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Conferência em Bonn é teste crítico para o Brasil

Negociações em Bonn marcam primeiro grande desafio para a presidência brasileira da COP30. Brasil busca avanço em temas climáticos controversos enquanto enfrenta resistência de países em desenvolvimento.

Começo do Teste Crítico para a COP30: A partir de hoje, até 26 de junho, negociadores climáticos se reúnem em Bonn, Alemanha, para as primeiras negociações do ano para a conferência da ONU em Belém, em novembro. A presidência brasileira, liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago, enfrentará desafios significativos.

Agenda Complexa: A aceitação de dois itens pela coalizão "Like-minded developing countries", coordenada pela Bolívia, é incerta. Um item refere-se ao CBAM (mecanismo de ajuste de carbono de fronteira da UE), considerado uma medida unilateral. O outro item aborda o financiamento climático, reabrindo questões sobre a meta coletiva de recursos climáticos estabelecida na COP29.

Necessidade de Ação Rápida: A presidência brasileira apela por decisões rápidas para evitar atrasos nas discussões e enfatiza a urgência em responder à emergência climática. Três tópicos principais precisam avançar: diálogo sobre transição justa, Balanço Global (GST) e indicadores globais para adaptação.

Inovações nas Negociações: O Brasil introduziu o "Dia Zero", promovendo diálogos informais entre delegações antes das reuniões oficiais. Com quase 100 participantes, o evento buscou avaliar o estado atual das negociações e aumentar a ambição em compromissos climáticos.

Eventos Brasileiros em Bonn: A presidência irá liderar mais de 10 eventos relacionados a temas climáticos. Um deles discutirá o roadmap Baku-Belém para mobilizar US$ 1,3 trilhão em recursos até 2035.

Objetivos e Desafios: A 62ª reunião dos Órgãos Subsidiários da ONU busca fortalecer o multilateralismo no regime climático e conectar decisões às realidades cotidianas. Indicadores globais de adaptação são essenciais nesse processo, com o desafio de simplificar os quase 180 atuais para cerca de 100.

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