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Concursos do Judiciário terão novas regras para pessoas com deficiência

Novas diretrizes do CNJ visam garantir acessibilidade em concursos do Judiciário, promovendo condições iguais para candidatos com deficiência e TEA. A implementação de tecnologias assistivas e ambientes adequados busca aumentar a representatividade dessas pessoas no sistema judiciário brasileiro.

Novas regras de acessibilidade para concursos públicos do Judiciário brasileiro foram aprovadas pelo CNJ na terça-feira (10).

Medida determina que os editais incluam adaptações para candidatos com deficiência e com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

A regra abrange outros processos seletivos do Judiciário e entra em vigor 60 dias após sua publicação, prevista para esta semana, conforme o relator, conselheiro Guilherme Feliciano.

Mudanças incluem:

  • Uso de tecnologias assistivas
  • Apoio de profissionais qualificados durante provas
  • Ambientes adaptados, como salas com menos estímulos sensoriais
  • Possibilidade de pausas e realização por videoconferência
  • Direito a tempo adicional de prova
  • Adaptação da linguagem pelas bancas avaliadoras

Os editais deverão permitir solicitações de adaptações com justificativa e avaliação de equipe multiprofissional.

A proposta surgiu após relato de um candidato com TEA que enfrentou dificuldades em concurso.

Levantamento do CNJ de 2023 revela que pessoas com deficiência representam:

  • 0,8% dos magistrados
  • 2,9% dos servidores
  • 1,8% dos terceirizados
  • 0,7% dos estagiários

Embora alguns tribunais já adotem medidas, elas geralmente enfocam deficiências visuais, auditivas e motoras. Feliciano afirma que agora se torna um direito universal para os 91 tribunais do país, exceto o Supremo Tribunal Federal.

A regulamentação segue o princípio da adaptação razoável da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

A expectativa é aumentar a representatividade de pessoas com deficiência no Judiciário nos próximos anos, com o objetivo de alterar o perfil da magistratura nacional.

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