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‘Concentração de renda no mundo está atingindo patamares inimagináveis’, diz Fernando Haddad

Haddad destaca a necessidade de reestruturação fiscal e tributária entre países do Sul Global para enfrentar a crescente desigualdade e as crises financeiras. Ele defende a revisão de impostos sobre grandes fortunas e a superação de modelos tradicionais de governança econômica.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende discussão sobre tributação internacional entre países do Sul Global diante de restrições fiscais, agravadas pela crise de 2008 e pela pandemia.

No seminário do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Haddad destacou a concentração de renda no mundo e a necessidade de revisar impostos sobre grandes fortunas.

  • "Houve uma redução grande nas alíquotas para super-ricos, isso precisa ser repensado," diz Haddad.
  • Ele se preocupa com a situação fiscal em países devedores, especialmente na África, Ásia e América do Sul.
  • Nelson Barbosa, do BNDES, ressaltou três pontos urgentes: transição energética, digital e demográfica.

Haddad apela para ir além dos regramentos da OCDE e menciona que 3 mil famílias concentram US$ 15 trilhões de riqueza mundial.

Ele também alerta sobre o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho e a necessidade de mudança na educação.

Quanto a eventos climáticos extremos, Haddad afirma que recursos para socorro a áreas afetadas são escassos e pede um alinhamento mais eficaz entre bancos multilaterais e novos mecanismos financeiros.

Ele conclui que a organização das finanças deve evoluir para enfrentar problemas globalmente, superando modelos financeiros antigos.

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