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Compras de títulos do Banco Master por fundos de pensão são contestadas e viram alvo de auditorias

Banco Master arrecada R$ 1,7 bilhão de fundos de pensão, mas enfrenta apurações e resistências. As novas regras do Banco Central mudam o cenário de captação e aumentam os questionamentos sobre a segurança dos investimentos.

Banco Master busca novos recursos em fundos de pensão

Pressionado por novas regras de captação do Banco Central a partir de 2024, o Banco Master levantou cerca de R$ 1,7 bilhão de fundos de pensão de servidores de Estados e municípios, mas enfrenta questionamentos e resistências.

Entidades de previdência pública tentam se desfazer das operações após a compra de 58% do banco pelo Banco de Brasília (BRB). As letras financeiras do Master não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que levou a auditorias e apurações em instituições como o Rioprevidência, que investiu R$ 970 milhões.

Em Aparecida de Goiânia, o instituto de previdência da prefeitura aprovou uma proposta para vender letras do Master após questionamentos sobre um aporte de R$ 50 milhões. No Amazonas, um investimento similar também gerou auditoria, destacando riscos e falhas no processo.

Membros do conselho em Campo Grande levantaram dúvidas sobre o Master e aprovaram um aporte de R$ 1,3 milhão, bem abaixo dos R$ 10 milhões iniciais. O fundo de previdência de Cubatão (SP) rejeitou uma proposta de R$ 100 milhões, enquanto o de São Roque (SP) aprovou quase R$ 40 milhões, agora sob investigação.

Até o momento, dez fundos de pensão investiram nas letras do Banco Master, representando 90% de suas captações. O presidente do banco, Daniel Vorcaro, já esteve envolvido em processos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suspeitas de fraudes.

Reguladores já emitiram alertas sobre os riscos dos ativos e a necessidade de avaliações criteriosas para investimentos, ressaltando a importância da reputação das instituições.

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