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Compra do Banco Master pelo BRB depende de autorização da Câmara Legislativa do DF, diz consultoria

Análise da Câmara Legislativa aponta que compra do Banco Master pelo BRB requer aprovação dos deputados. A negociação enfrenta controvérsias sobre a necessidade de autorização legislativa e o impacto público da operação.

BRASÍLIA — A compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) depende de autorização da Câmara Legislativa do Distrito Federal, segundo parecer da consultoria da Casa. A negociação foi realizada diretamente pela diretoria do BRB, sem envolvimento dos deputados distritais.

A Procuradoria-Geral do Distrito Federal, acionada pelo BRB, opinou que não há necessidade de autorização legislativa. O BRB propôs adquirir 58% do Banco Master, com valor estimado em R$ 2 bilhões, o que gerou questionamentos devido aos ativos de alto risco na carteira do banco.

A compra requer aprovação do Banco Central. O Banco Master está em busca de negociações com bancos privados para liquidar ativos indesejados, incluindo carteiras de precatórios e direitos creditórios.

O parecer afirma que a Constituição exige autorização legislativa para participações de estatais em empresas privadas, sendo que operações de grande vulto, como essa, demandam uma análise mais rigorosa.

Os deputados podem solicitar que o BRB suspenda as negociações ou até mesmo intervenção judicial. O presidente da Câmara Distrital, Wellington Luiz (MDB), já manifestou que a compra deveria passar pela Casa.

Nesta terça-feira, deputados do PT se reunirão com o presidente do Banco Central para discutir insatisfações em relação à proposta do BRB. O governo do Distrito Federal, liderado pelo governador Ibaneis Rocha, é favorável à operação, vislumbrando apoio para as eleições de 2026.

Embora alguns técnicos do legislativo considerem que uma lei só seria necessária se a maioria das ações do Master fosse adquirida, a falta de consenso agrava a situação. O consultor da Câmara critica a conclusão da Procuradoria-Geral, afirmando que a exigência de autorização legislativa é clara na Constituição.

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