Compare o juro do CDC, cheque especial, cartão, consignado ao setor privado, a aposentados e servidores em março
Governo inicia nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado com garantia do FGTS. Apesar da expectativa de redução nas taxas de juros, os primeiros dados mostram um aumento nas taxas médias em março.
Governo libera novo consignado ao setor privado utilizando FGTS
Em 21 de março, o governo lançou uma plataforma que permite aos trabalhadores do setor privado solicitar empréstimo consignado com desconto em folha, usando FGTS como garantia.
Nesta nova modalidade, as parcelas são descontadas diretamente do salário, eliminando a necessidade de acordo prévio entre empresas e bancos.
Agora, todos os trabalhadores com carteira assinada podem acessar essa linha de crédito, utilizando até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória em demissões sem justa causa.
Espera-se que, com a garantia do FGTS, os juros sejam mais baixos, embora haja críticas sobre taxas ainda elevadas nas primeiras semanas.
O Banco Central divulgou que, em março, a taxa média do consignado ao setor privado foi de 3,02% ao mês, um aumento em comparação a fevereiro.
O Ministério do Trabalho e da Fazenda não responderam à solicitação sobre as taxas específicas do novo consignado.
- Taxas de juros de março:
- Crédito pessoal não consignado: 6,13%
- Cheque especial: 7,35%
- Cartão de crédito rotativo: 15,18%
- Consignado ao setor privado: 3,02%
- Consignado a servidores públicos: 1,94%
- Consignado a aposentados e pensionistas: 1,80%
Atualmente, não há teto para os juros, que são definidos pelas instituições financeiras, mas o governo poderá estabelecer um limite se necessário.
Desde o lançamento, quase R$ 9 bilhões em empréstimos foram concedidos, mas as expectativas são de que o volume cresça para mais de R$ 100 bilhões em três meses.
Os bancos iniciarão esforços mais agressivos a partir de 25 de abril, quando a migração de créditos mais caros para o consignado com garantia do FGTS se tornará possível.
A Febraban acredita que a modalidade ganhará força ao longo do tempo, à medida que os trabalhadores se familiarizarem com o produto e os sistemas se modernizarem.