Companhia aérea indiana está interessada em jatos da Boeing rejeitados por chinesas
Air India busca aviões da Boeing após recusa de companhias chinesas para acelerar sua reestruturação. A medida se alinha à busca de outras empresas asiáticas por oportunidades na guerra comercial entre EUA e China.
Air India está interessada em adquirir aviões da Boeing que foram recusados por empresas chinesas, juntando-se a outras companhias asiáticas em busca de oportunidades devido à guerra comercial entre EUA e China.
A companhia, do Grupo Tata, precisa urgentemente de aeronaves para acelerar sua reestruturação e planeja entrar em contato com a Boeing para adquirir jatos originalmente destinados às companhias chinesas.
A Air India também pode assumir pedidos de entrega futuras e já recebeu 41 jatos 737 Max, originalmente destinados a empresas chinesas, com entregas adiadas desde 2019.
O Malaysia Aviation Group também está negociando com a Boeing sobre pedidos deixados de lado por companhias chinesas.
Na semana passada, Pequin impôs tarifas de até 125% sobre produtos americanos, levando as companhias aéreas chinesas a não aceitarem mais aeronaves da Boeing. Isso gerou complicações para possíveis compradores, já que algumas configurações e pagamentos estavam atrelados aos contratos originais.
Apesar do desafio, o interesse de companhias não chinesas pode amenizar o impacto da guerra comercial na Boeing.
A Airbus tem se beneficiado da tensão entre EUA e China, criando dificuldades para a Boeing no mercado chinês.
A Air India também está em busca de mais aviões Max para sua subsidiária de baixo custo, Air India Express, visando competir com a IndiGo. A empresa planeja receber mais nove jatos até junho, totalizando 50 aeronaves.
O crescimento da Air India pode enfrentar desafios devido a um programa de retrofit que retirará temporariamente algumas aeronaves e à aposentadoria de certos modelos da Airbus. O CEO Campbell Wilson mencionou a necessidade de atrair clientes com tarifas mais baixas para compensar as cabines ultrapassadas.