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Como uma disputa entre Petrobras e Gerdau atrasa 1º desmonte de plataforma no Brasil

Disputa entre Petrobras e Gerdau por custos de limpeza atrasa desmantelamento da plataforma P-32. Conclusão do projeto é adiada em pelo menos um ano, impactando também o cronograma da P-33.

Disputa entre Petrobras e Gerdau pode atrasar em um ano a conclusão do desmantelamento da plataforma P-32. A informação foi revelada por fontes à Reuters, destacando os desafios para o Brasil em atender à crescente demanda por esse serviço.

A navio P-32, com cerca de 45 mil toneladas, foi vendido pela Petrobras à Gerdau em 2023, e o Estaleiro Rio Grande foi contratado para o desmantelamento.

Um problema com 30 milhões de litros de água oleosa e 270 mil litros de óleo diesel gerou a paralisação dos trabalhos por cerca de um ano, enquanto as empresas discutiam responsabilidades financeiras.

Estados da situação:

  • A embarcação chegou ao estaleiro em dezembro de 2023.
  • Os trabalhos de desmantelamento começaram apenas em março de 2024.
  • A conclusão é agora esperada para fim de 2024 ou início de 2025.

O presidente do sindicato local, Benito de Oliveira Gonçalves, informou que o desmantelamento da parte superior está em andamento, mas a parte inferior só será tratada após a limpeza.

Consequências do atraso:

  • A P-33, outra plataforma, poderá ser deslocada para outro estaleiro devido à perda de tempo.
  • A Petrobras afirmou que acompanha o plano de reciclagem e que questões contratuais estão sendo resolvidas internamente.
  • A Gerdau declarou que a operação está em progresso, com responsabilidades sendo tratadas de maneira responsável.

A Ecovix não se manifestou devido a questões contratuais. O Brasil está se preparando para ser o terceiro maior mercado do mundo para descomissionamento de plataformas, com investimentos da Petrobras que chegam a US$9,9 bilhões nos próximos cinco anos.

Questão financeira: Os custos já excederam o valor do contrato original de R$ 30 milhões. As empresas ainda discutem quem deve arcar com os custos adicionais, com um executivo da Petrobras sugerindo que a empresa pode precisar pagar mais à Gerdau, mas as partes ainda negociam o valor exato da responsabilidade financeira.

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