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Como Trump está militarizando a fronteira dos EUA com o México

Militarização da fronteira entre os EUA e México avança com novas áreas de defesa e presença de tropas. Apesar da queda nas detenções de imigrantes, o exército americano intensifica operações para controlar entradas ilegais.

Militarização da Fronteira EUA-México: No Monte Cristo Rey, em El Paso, Texas, a fronteira é monitorada por jovens "falcões" vigias, enquanto os agentes da Patrulha de Fronteira registram uma queda nas detenções, de 2,5 mil para 67 por dia.

Em abril, ocorreram 8 mil detenções, em comparação com 128 mil no ano anterior. Apesar da diminuição das travessias, a militarização da fronteira aumenta sob o governo de Donald Trump.

Um veículo Stryker está posicionado próximo ao muro, em uma das novas Áreas de Defesa Nacional criadas em abril e maio, com mais de 8 mil soldados agora destacados na região. Cerca de 1,7 mil cartazes alertam sobre o risco de detenções na zona militar.

A integração militar busca melhorar a detecção e a detenção de imigrantes ilegais, grupos criminosos e drogas. Trump justificou a militarização ao afirmar que o exército precisa atuar mais diretamente na segurança da fronteira.

A lei Posse Comitatus impede ação militar em ordem pública, mas Trump utiliza a chamada "doutrina do propósito militar" para justificar a ocupação das novas áreas. A presença militar é intensificada, mesmo com os números de travessias sendo historicamente baixos.

O general de brigada Jeremy Winters defende que a militarização é necessária, citando dados sobre aumento de preços das drogas devido à dificuldade de tráfico. Por enquanto, as missões permanecem nos EUA, enquanto tentativas de operação em solo mexicano são rechaçadas.

Num cenário de tensão, a fronteira reflete uma complexa oposição entre segurança e direitos humanos, enquanto o controle e a detenção de imigrantes serão cada vez mais desafiados.

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