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Como Trump declara guerra aos narcos, mas não faz nada para barrar o fluxo de armas para o México

Negociações entre México e Estados Unidos tornam o tráfico de armas uma prioridade diplomática, destacando sua conexão com a violência na América Latina. Enquanto os cartéis de drogas são alvo de nova classificação como organizações terroristas, a origem das armas se torna um ponto crucial nas discussões bilaterais.

O tráfico de armas entre os Estados Unidos e o México se torna um tema central nas relações diplomáticas, após a presidente Claudia Sheinbaum exigir igual controle dos EUA em resposta às tarifas ameaçadas por Donald Trump para combater o tráfico de drogas.

Nos últimos 15 anos, cerca de três milhões de armas foram enviadas dos EUA para os cartéis do México, contribuindo para a violência na América Latina, que possui 8% da população mundial, mas concentra um terço dos homicídios. Em 2022, 121 mil pessoas foram mortas na região.

A maioria das armas ilegais é fabricada nos EUA: no México, cerca de 70% das armas recuperadas são americanas. A legislação dos EUA tem permitido a venda legal sem verificação de antecedentes, embora mudanças recentes tenham tornado essa verificação obrigatória.

A criminalidade se intensifica no Haiti, onde gangues armadas desafiam as forças de segurança, destacando a epidemia de violência na região. Com a ajuda do Caribe, o México apresentou ações judiciais contra fabricantes de armas, alegando que eles facilitam o tráfico e fortalecem as organizações criminosas.

A Suprema Corte dos EUA deve analisar a lei que protege os fabricantes de armas. Um resultado positivo para o México poderia influenciar o tráfico de armas e afetar as organizações criminosas em toda a América Latina.

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