Como taxas de bagagem cobradas por empresas aéreas viraram negócio bilionário
Companhias aéreas aumentam taxas por bagagens despachadas, gerando revolta entre passageiros e políticos. Demanda por malas de mão cresce em resposta às cobranças abusivas.
A Air Canada e a Southwest passaram a cobrar por bagagens despachadas, gerando insatisfação entre políticos e passageiros.
Lauren Alexander, de 24 anos, descreveu as taxas como "ridículas", preferindo viajar apenas com uma mochila para evitar custos de US$ 200 (aproximadamente R$ 1.100).
Ascensão das taxas começou em 2006 com a FlyBe, seguida por outras companhias, como a American Airlines, que introduziu taxas de US$ 15 em 2008. No Brasil, as companhias adotaram a prática em 2017, variando entre R$ 60 a R$ 160.
Em 2023, estima-se que as taxas extras globais alcancem US$ 145 bilhões (R$ 810 bilhões), o que representa 14% da receita do setor. Nos EUA, as taxas de bagagem geraram US$ 7,27 bilhões no ano passado.
Executivos de companhias aéreas foram convocados ao Senado dos EUA após críticas a essas "taxas abusivas". O governo federal estuda possíveis multas.
A demanda por malas pequenas aumentou, com a fabricante britânica Antler reportando crescimento nas vendas. Conteúdos nas redes sociais sobre como viajar apenas com bagagens de mão também se tornaram populares.
Além disso, várias companhias, como a Ryanair e outras europeias, começaram a cobrar também por malas de mão, o que gerou reclamações da organização de defesa do consumidor Becu.
A companhia indiana IndiGo, por outro lado, não cobra por bagagens e busca evitar complicações no embarque.