Como tarifas dos EUA em 1930 arrasaram ainda mais a economia global e agravaram a Grande Depressão
Medidas de Donald Trump promete acirrar tensões comerciais globais, reminiscentes da Lei Smoot-Hawley de 1930. Economistas alertam que as tarifas podem agravar a inflação e prejudicar tanto consumidores quanto empresas nos Estados Unidos e no exterior.
A ofensiva tarifária de Donald Trump trouxe o mundo a uma nova guerra comercial, com consequências incertas.
Desde sua posse em 20 de janeiro, Trump impôs tarifas a diversos países e produtos, revertendo algumas decisões.
No chamado "Dia da Libertação", anunciou uma tarifa de 10% sobre todos os produtos importados e taxas mais altas para países como China (34%) e União Europeia (20%).
Os produtos brasileiros também receberam tarifas de 10%, que entraram em vigor no dia 5.
Essas medidas geraram críticas a Washington e provocaram retaliações imediatas.
Analistas comparam a situação atual a um momento crítico da economia global em 1930, quando a Lei Smoot-Hawley foi promulgada, aumentando tarifas de importação e exacerbando a Grande Depressão.
A referida lei, batizada de seus proponentes, elevou tarifas em média de 40% a 60% para cerca de 900 produtos em um esforço de proteger a indústria americana.
Historicamente, essa legislação causou uma queda acentuada nas exportações e importações dos EUA e teve efeitos devastadores em sua economia.
Embora a situação atual seja incerta, estudos indicam que as tarifas de Trump prejudicarão a economia e aumentarão a inflação nos países envolvidos.
Além de impactar empresas estrangeiras, as tarifas também afetaram consumidores americanos, resultando em preços mais altos.
A receita tributária proveniente das tarifas foi consideravelmente baixa em comparação com impostos individuais e corporativos.