Como parcerias com varejistas e uso de IA podem impulsionar o mercado de seguros no Brasil

Tendência em Seguro de Eletrônicos no Brasil

Recentemente, comprar um novo smartphone e adquirir um seguro para ele na mesma loja se tornou comum. Essa combinação entre insegurança urbana e o alto custo dos eletrônicos pode impulsionar o mercado de seguros no Brasil.

Segundo o “Relatório Global de Seguros 2025” da McKinsey, a América Latina, apesar de representar apenas 3% do mercado global, é a região que mais cresce, especialmente nos seguros de não vida.

O estudo destaca que as parcerias de afinidade entre seguradoras e empresas como varejistas e operadoras de telefonia são fundamentais para essa expansão. Esses parceiros oferecem seguros junto aos produtos vendidos, como proteção contra roubo e garantias estendidas.

Atualmente, cerca de 50% dos eletrônicos estão sendo vendidos com seguros. Christopher Craddock, da McKinsey, explica que a venda por canais parceiros é conveniente e gera uma melhor percepção de valor, aumentando a contratação entre a população.

O desafio, segundo Roberto Marchi, é alcançar as famílias de menor renda, que tradicionalmente compram menos seguros. Para isso, é essencial simplificar a distribuição e oferecer produtos com uma equação econômica viável.

A inteligência artificial pode ajudar a personalizar produtos e melhorar a experiência do cliente na contratação. Marchi destaca a importância de entender a demanda e criar ofertas alinhadas às necessidades dos consumidores.

Além disso, clientes buscam uma experiência de contratação híbrida: opções digitais e interação humana para esclarecimento de dúvidas. Investir em plataformas de gerenciamento de relacionamento com clientes e suporte por meio de IA pode ampliar o alcance e melhorar a satisfação do consumidor.