Como o polêmico plano de ajuda humanitária a Gaza apoiado por EUA e Israel está provocando caos
Nova distribuição de ajuda em Gaza gera caos e desorganização entre civis. Falta de comunicação e presença de segurança armada comprometem operações da Fundação Humanitária de Gaza.
Caos nas distribuições de ajuda em Gaza
No dia 27 de maio, um segurança armado no topo de um monte observou milhares de palestinos em ruas cercadas, durante a inauguração de um novo centro de distribuição de ajuda, vital para os moradores de Gaza, que enfrentam um bloqueio israelense.
A celebração se transformou em caos quando civis desesperados tomaram o local, pisoteando barreiras e reagindo a tiros. O schemes de ajuda é operado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos EUA e Israel, visando contornar a ONU. A ONU alerta que mais de dois milhões estão em risco de fome.
A GHF pretende alimentar um milhão de pessoas na primeira semana por meio de quatro locais seguros. Porém, após quatro dias de operação, a organização afirma ter distribuído dois milhões de refeições, número que a BBC não conseguiu verificar.
Os centros de distribuição têm enfrentado desorganização e falta de comunicação, contribuindo para o caos. A Oxfam criticou a localização dos pontos de distribuição e a imposição de controle militar. Atualmente, existem apenas quatro locais, em comparação com os 400 pontos anteriores da ONU.
A GHF justifica a presença de segurança armada como essencial para garantir a entrega de ajuda. No entanto, especialistas argumentam que isso mina a confiança nas operações.
Preocupações adicionais incluem a entrega de suprimentos inadequados, que consistem principalmente em alimentos enlatados e produtos básicos. Moradores, como Hani Abed, retornam sem ajuda, descrevendo a situação como desesperadora.
A GHF promete aumentar a distribuição, mas muitos continuam sem assistência. A situação humanitária em Gaza permanece crítica, e a necessidade de um acesso seguro e desimpedido à ajuda é urgente.