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Como o ataque ao Irã pode influenciar a Cúpula do Brics no Rio

A escalada do conflito no Oriente Médio pode desviar a atenção dos temas econômicos na cúpula do Brics. Enquanto o Brasil tenta manter um tom positivo, a situação gera incertezas sobre a participação do Irã e possíveis acordos comerciais.

Ataque de Israel ao Irã em 12.jun.2025 gera reações globais e pode afetar a Cúpula do Brics, marcada para 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.

O Irã, integrante do bloco desde 2024, tem sua presença aguardada no evento. Entretanto, a diplomacia brasileira não vê risco de cancelamento ou esvaziamento.

Embora o conflito esteja mais alinhado ao G7, que se reunirá em 15.jun, a crise deve ser debatida no Brics. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o enfraquecimento do multilateralismo e a atuação de Israel na Faixa de Gaza. Uma nota do Itamaraty condenou o ataque ao Irã.

A cúpula é vista como um espaço para agendas positivas, mesmo com divergências. Caso o tema não seja formalmente incluído nas declarações do bloco, pode surgir em reuniões bilaterais.

A doutora em Relações Internacionais, Fernanda Brandão, aponta que o conflito terá impacto moderado na reunião do Brics, focado em questões econômicas, mas ressalta um “risco muito grande” de atrapalhar acordos comerciais.

A tensão no Estreito de Ormuz, crucial para o petróleo da Arábia Saudita, pode influenciar a dinâmica entre os países do bloco. Brandão menciona especulações sobre a presença incerta do Irã na cúpula.

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Esta reportagem também foi escrita pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar sob a supervisão da editora Amanda Garcia.

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