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Como Japão saiu de 'milagre econômico' para estagnação

Japão encerra uso de disquetes após três anos de pressão por modernização, simbolizando uma batalha contra a burocracia ultra-tradicional do país. A estagnação econômica e a resistência à inovação revelam desafios que persistem mesmo após décadas de transformação digital.

Japão é visto como um país moderno, mas em 2021, o então ministro Taro Kono anunciou o fim da “guerra” contra disquetes. Três anos depois, ele celebrou: “Vencemos a guerra contra os disquetes!”.

O Japão, que foi a segunda maior economia global nos anos 1980, estagnou após essa fase de crescimento. A recuperação começou após a Segunda Guerra Mundial, quando o Japão se reergueu com ajuda dos EUA, fortalecendo-se na indústria.

Os produtos japoneses, como carros da Toyota, tomaram conta do mercado americano, mas um desequilíbrio comercial gerou tensões. Em 1985, um acordo valorizou o iene, dificultando as exportações.

No início dos anos 90, a bolha econômica estourou, resultando em um colapso da bolsa e da economia. O Japão enfrentou duas décadas sem inflação, mantendo os preços praticamente iguais durante 20 anos, e as taxas de juros próximas de zero não estimularam o consumo.

O envelhecimento da população e a queda no número de nascimentos levaram à escassez de força de trabalho. O país também apresenta baixa produtividade, com muitos empregos sendo considerados ineficientes.

Apesar das dificuldades, a criminalidade é baixa e a qualidade de vida, alta. O Japão caiu apenas para a quarta posição entre as maiores economias do mundo, e em 2022, a inflação começou a subir novamente.

Os japoneses parecem aceitar a situação, embora reconheçam os desafios de um país ainda preso ao passado, como a máquina de fax, que permanece comum.

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