Como funciona o tarifaço de Trump? Entenda
Tarifas de importação dos EUA entram em vigor em agosto após negociações com vários países. Alguns acordos já resultaram em reduções significativas nas taxas, enquanto o Brasil enfrenta uma cobrança de 50% ligada a questões políticas.
Presidentes dos EUA e tarifas de importação
Desde o início do ano, Donald Trump anunciou tarifas sobre importações, com início programado para 1º de agosto. O objetivo é reduzir o déficit comercial dos EUA.
Algumas tarifas são condicionadas a questões políticas, como no caso do Brasil, onde Trump solicitou a interrupção do julgamento de Jair Bolsonaro. Com China, México e Canadá, exigiu combate à imigração e tráfico de drogas.
As alíquotas mínimas são de 10%, com taxas específicas definidas:
- Canadá: 35%
- México: 30%
- China: 30% (início em 12 de agosto)
No dia 2 de abril, Trump anunciou tarifas para equilibrar o déficit, inicialmente suspensas por 90 dias e depois prorrogadas até 1º de agosto.
Novas tarifas foram anunciadas em julho, com o Brasil recebendo uma taxa de 50% devido a questões judiciais e de redes sociais. Países como Japão e União Europeia conseguiram negociar tarifas mais baixas.
As tarifas setoriais incluem:
- Aço e alumínio: 50%
- Carros e partes automotivas: 25%
- Cobre: 50% (a partir de 1º de agosto)
Trump ameaçou também uma tarifa de 200% sobre importações farmacêuticas, mas sem confirmação adicional.
Em 22 de julho, o Japão conseguiu reduzir tarifas para 15% em troca de investimentos de US$ 550 bilhões nos EUA. A Indonésia teve suas taxas reduzidas para 19%, enquanto a Filipinas ficou com tarifas de 19%, sob certas condições.
A União Europeia anunciou uma taxa de 15% e concordou em investir US$ 600 bilhões nos EUA. O Vietnã teve sua taxa ajustada para 20%, e o Reino Unido conquistou a menor tarifa, de 10%.