Como foi o lendário Império Persa, primeira superpotência da história e que só Alexandre o Grande derrotou
A impressionante ascensão e queda do Império Persa, sob os reinados de Ciro, o Grande, e Dario, o Grande, moldaram a história da antiguidade, destacando conquistas e legados duradouros. Entretanto, a destruição de Persépolis por Alexandre, o Grande, selou o destino de uma civilização rica em cultura e poder.
Em meados do século VI a.C., os persas eram desconhecidos até que Ciro, o Grande, surgiu como líder, conquistando vastas regiões do Oriente Médio e fundando o primeiro Império Persa. Ele dominava 44% da população mundial e sua dinastia parecia invencível.
A história de Ciro e suas conquistas se deu entre 559 a.C. e 329 a.C., quando foi sucedido por Alexandre, o Grande. Ciro derrotou primeiro o rei dos medos e, em 539 a.C., conquistou a Babilônia, onde estabeleceu uma imagem de governante benevolente através do Cilindro de Ciro, uma propaganda política que enfatizava tolerância religiosa e libertação dos povos.
O Cilindro foi uma forma de glorificar seu reinado e consolidar a imagem de um conquistador tolerante, mesmo que esse conceito de liberdade religiosa fosse questionável no contexto da época. O respeito à religião local erastrategicamente vantajoso.
Os últimos anos de vida de Ciro são obscuros, mas ele morreu em campanha no leste, com seu túmulo localizado em Pasárgada. Já Dario I, seu sucessor, consolidou o império e implementou inovações administrativas, incluindo a construção de Persépolis, uma grandiosa cidade que simbolizava a riqueza e o poder persa.
Dario enfrentou revoltas e buscou expandir o império, mas após sua morte, seu filho Xerxes falhou em conquistar a Grécia. O império sofreu perdas e revoltas internas até a ascensão de Alexandre, que em 330 a.C. destruiu Persépolis como um ato de vingança.
A destruição de Persépolis apagou parte da memória persa, e a história dos aquemênidas permaneceu obscura por séculos. O estudioso Ernst Herzfeld recuperou essa narrativa no século XX, revelando as vozes dos antigos persas e o legado de Ciro e Dario, que ainda ecoam na história.