Como estar em 'ilha energética' influenciou apagão em Portugal e Espanha
O apagão de 28 de abril na Península Ibérica evidencia as limitações da interconexão elétrica entre Espanha e Portugal. Especialistas destacam a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura para fortalecer o sistema e garantir maior resiliência em emergências.
Apagão na Península Ibérica: Em 28 de abril, milhões na Espanha e Portugal ficaram sem energia devido a um colapso na rede elétrica, cujos motivos ainda estão sendo investigados. Este evento ressaltou a condição da "ilha energética" ibérica, com pouca conexão ao restante da Europa.
A taxa de interconexão da Península Ibérica é de apenas 2%, muito abaixo dos 10% recomendados pela União Europeia. Essa limitação deve-se à localização geográfica e barreiras naturais, como a cordilheira dos Pireneus.
Apesar das dificuldades, a Península possui um sistema interno de eletricidade integrado, operado pelo Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), que permite a troca eficiente de energia entre os países. No recente apagão, >75% da eletricidade da Espanha provinha de fontes renováveis.
Vantagens:
- Autossuficiência: A Península desenvolveu um sistema resiliente e variado de geração de energia.
- Exportação de energia limpa: Aumentar a interconexão com a Europa poderia transformar a Península em exportadora.
Desvantagens:
- Apagões revelam a dificuldade de receber apoio externo em emergências.
- A intermitência das energias renováveis exige soluções tecnológicas robustas.
- Dificuldades em expandir interconexões devido à resistência francesa.
Conclusão: Especialistas sugerem investir em baterias e redes inteligentes para melhorar a gestão do excedente de energia renovável e reduzir a dependência da rede centralizada, destacando a necessidade de superar o isolamento elétrico com a união da Europa.