Como cuidar de plantas ajuda a viver mais e melhor
Fazendas de repouso na Noruega utilizam a jardinagem para revitalizar a saúde mental de pessoas com demência. Estudos mostram que a interação com a natureza pode melhorar a cognição e o bem-estar emocional.
Marianne Rogstad, uma avó aposentada da Noruega, enfrentou o diagnóstico de demência após retornar à sua terra natal após cinco décadas como recepcionista na Suíça.
O isolamento a levou a buscar ajuda no Impulssenter, uma "fazenda de repouso" nos arredores de Oslo, criada para ajudar pessoas com demência a reintegrar-se à sociedade.
A Noruega implementou um plano em 2015 para assistência à demência, incluindo serviços como o Inn på tunet, que promove atividades ao ar livre.
A jardinagem está ganhando atenção por seus benefícios cognitivos. Pesquisadores da Universidade de Edimburgo descobriram que os jardineiros apresentaram melhorias na inteligência ao longo da vida.
A jardinagem ativa áreas do cérebro relacionadas à memória e função executiva. A teoria de "use ou perca" sugere que a prática constante mantém a funcionalidade cognitiva.
Estudos de 2006 na Austrália mostraram que jardineiros tinham um risco 36% menor de desenvolver demência. A jardinagem também melhora a atenção, diminui o estresse e promove a saúde geral.
O ambiente natural, mesmo em pequenas doses, pode reduzir o estresse, conforme sugerido pelos estudos de Roger Ulrich, que associou a natureza à recuperação do estresse.
Ana Lem, pesquisadora da Universidade de British Columbia, afirma que a exposição à natureza melhora a concentração e ajuda na saúde cardiovascular.
Para pacientes com demência, a jardinagem em "fazendas de repouso" pode aumentar a autonomia e promover interações sociais. Rogstad, que frequenta a fazenda para plantar e cuidar de animais, relata que a experiência a faz feliz.
Em resumo, a jardinagem e as atividades ao ar livre oferecem múltiplos benefícios para a saúde física e mental, especialmente para aqueles que enfrentam o desafio da demência.