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Como aumentar vida útil das roupas: 'Se jogamos fora só porque zíper quebrou, precisamos repensar'

A ativista Orsola de Castro defende uma revolução no consumo de moda, promovendo a importância de consertar roupas e adotar uma abordagem mais sustentável. Com alternativas criativas e conscientização sobre o impacto ambiental da indústria, cada um pode contribuir para um futuro mais responsável na moda.

Orsola de Castro, fundadora da campanha Fashion Revolution, destaca os problemas da indústria da moda em seu livro Loves Clothes Last.

Ela observa que muitas roupas são descartadas apenas por pequenos danos, como um zíper quebrado.

A indústria da moda é responsável por 2% a 8% das emissões globais de gases de efeito estufa e consome 215 bilhões de litros de água anualmente.

Além disso, 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis são gerados por ano, resultando em um caminhão de lixo cheio de roupas descartadas a cada segundo.

Com a produção anual de 80 a 100 bilhões de peças de roupa, a solução proposta por ativistas é simples: comprar menos, como três peças novas por ano.

A pesquisa indica que prolongar a vida útil de roupas pode reduzir o impacto ambiental em até 10%.

Uma relação saudável com o vestuário envolve combiná-las de forma criativa e investir em qualidade ao invés de seguir as tendências da moda rápida.

As sugestões incluem:

  • Combinar roupas já existentes de maneiras novas;
  • Evitar lavagens excessivas para preservar a qualidade dos tecidos;
  • Cuidar do armazenamento adequado das peças.

Consertos simples, como costurar botões, podem evitar o descarte prematuro e criar um vínculo especial com as roupas.

A mensagem de Castro é clara: precisamos de uma revolução na maneira como consumimos e valorizamos o vestuário, para preservar tanto o meio ambiente quanto o trabalho dos artesãos.

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