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Como as universidades dos EUA se tornaram dependentes da verba em pesquisa que Trump ameaça cortar

A crescente tensão entre universidades americanas e o governo Trump ameaça o financiamento federal vital para pesquisas e inovações. Com a confiança pública em queda, o futuro desse relacionamento essencial para o avanço científico se torna incerto.

Universidades Americanas e Governo dos EUA: Uma Parceria em Perigo

Por mais de oito décadas, as universidades e o governo dos EUA estreitaram seus laços para inovações em áreas como armamento e saúde.

Com a administração Trump, essa relação começou a se desfazer. O governo ameaça cortes de US$ 2,2 bilhões da Universidade Harvard, visando conter o suposto ativismo progressista.

As universidades gastaram US$ 60 bilhões em pesquisa e desenvolvimento em 2023, mais de 30 vezes o gasto nos anos 1950. Este sistema de ensino superior é o único do mundo com tal natureza descentralizada.

Desmantelar esse modelo poderia levar a dependência maior do setor privado, como era antes da Segunda Guerra Mundial.

O Projeto Manhattan e outras inovações militares surgiram dessa colaboração entre o governo e universidades como Harvard e Johns Hopkins.

A liberdade acadêmica e a interferência governamental geraram preocupações entre os cientistas, embora o financiamento fosse difícil de recusar.

Após tensões na Guerra do Vietnã, a percepção pública mudou, levando à estagnação do financiamento para universidades vistas como focos de radicalismo. Entretanto, reformas nos anos 1980 estimularam a pesquisa em campos emergentes.

Atualmente, várias universidades que recebem altos fundos federais estão sob investigação por antissemitismo, incluindo instituições que gastaram mais de US$ 1 bilhão em 2023.

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