Como as tarifas afetarão o preço e até o tamanho dos sofás dos americanos
Tarifas do governo dos EUA afetam diretamente o preço dos móveis e a indústria, aumentando a incerteza entre consumidores e fabricantes. As mudanças nos custos das matérias-primas e a dependência de fornecedores internacionais são fatores cruciais na escolha do sofá ideal.
Escolher um sofá é desafiador para os consumidores devido a várias considerações, como cor, tamanho e preço. Contudo, a complexidade aumenta com questões sobre fabricação e materiais, especialmente diante da variação de tarifas propostas pelo presidente Donald Trump.
Atualmente, o plano de tarifas procura taxar fabricantes internacionais, resultando em aumentos de preços para os consumidores. Até mesmo empresas americanas que fabricam móveis dependem de componentes importados, como tecidos e mecanismos, afetando seu custo.
Mais da metade dos móveis comprados nos EUA são importados, principalmente do Vietnã e da China. O Vietnã se tornou um polo no setor após políticas antidumping da China em 2004, e as tarifas da administração Trump reforçaram essa tendência.
Embora o plano de Trump tenha inicialmente considerado uma tarifa de 46% sobre produtos do Vietnã, a versão mais recente estipula uma tarifa de 10% sobre bens de 75 países, exceto a China, que pode enfrentar tarifas superiores a 100%.
Fabricação domiciliar existe, mas muitos produtos ainda requerem importação. A Copeland Furniture, por exemplo, fabrica predominantemente com madeira americana, mas depende de alguns componentes internacionais. Isso atenua o impacto das tarifas.
Já a Norwalk Furniture depende de uma cadeia global para cerca de 60% de seus tecidos, evidenciando a interconexão da indústria. Michelle Hardy, da Furnish, confirma a dificuldade de evitar fornecedores internacionais para várias peças.
Com tarifas em vigor, aumento de preços é inevitável. O editor-chefe da Furniture Today, Bill McLoughlin, observa que cartas de aumento já foram enviadas antes da implementação das tarifas, indicando um cenário de ajustes de preços.
Empresas já começaram a reagir, buscando negociar com fornecedores. Produtos de alta qualidade são menos afetados devido ao uso de materiais locais, enquanto os itens mais baratos enfrentam maiores flutuações de preço.
A incerteza econômica pode fazer com que consumidores adiem compras. Hardy notou uma desaceleração nas vendas, enquanto outros ressaltam que o acúmulo de estoque pode evitar aumentos imediatos. Tim Newlin destaca que consumidores devem ponderar suas escolhas, especialmente com a possível dependência de preços alimentares crescentes.