Como as operações contra imigrantes mudaram a vida na Califórnia: 'Abandonaram a vida pública'
A intensificação das batidas de imigração na Califórnia gera caos e medo entre imigrantes indocumentados. Confrontos entre manifestantes e agentes federais revelam a divisão e o impacto social das políticas de deportação de Trump.
Impasse na Califórnia: Jaime Alanis, trabalhador imigrante, morreu após uma queda ao tentar se esconder de agentes da imigração, que detiveram dezenas de colegas em uma fazenda de cannabis.
Os oficiais usaram gás lacrimogêneo contra 500 manifestantes que se opunham às operações de imigração, que tiveram um aumento abrupto em junho. O FBI relatou disparos feitos por uma pessoa na multidão.
A morte de Alanis ressalta o clima de tensão no sul da Califórnia, onde cerca de 1,4 milhão de imigrantes indocumentados vivem com medo. A situação gerou manifestações e levou o presidente Donald Trump a mobilizar a Guarda Nacional.
Muitos negócios fecharam e eventos comunitários foram cancelados. "Todo mundo está sempre em alerta," relata uma vendedora em Los Angeles sobre a mudança na rotina.
As operações de imigração estão sendo consideradas as maiores desde o início do governo Trump. Das 361 detenções, poucos imigrantes tinham antecedentes criminais graves, enquanto muitos outros eram pessoas sem condenações.
As igrejas e grupos de defesa têm ajudado os imigrantes, oferecendo comida e treinamentos para proteção. Protestos continuam a se intensificar, com ativistas acusando o governo de terrorismo contra cidadãos.
Enquanto isso, a administração Trump defende suas ações, criticando leis de cidade-santuário que poderiam proteger imigrantes. Parques e bairros de Los Angeles estão em silêncio devido ao medo, com muitos eventos cancelados pela insegurança crescente.
A situação é crítica: alguns imigrantes evitam até audiências judiciais, temendo detenções. A luta por direitos e segurança continua em um clima de incerteza e tensão crescente.