Como as duras medidas de Trump esvaziaram abrigos para imigrantes na fronteira
Diminuição da chegada de migrantes em Tijuana reflete a retórica de deportações em massa do governo Trump. Apesar do vazio nos abrigos, causas como violência e pobreza continuam a motivar a migração.
Mudanças no abrigo Embajadores de Dios em Tijuana: o local, antes lotado de migrantes, agora está com metade das camas vagas.
A situação surge após a retórica de Donald Trump, que promete deportações em massa e restrições à imigração. Silvia Garduño, porta-voz da ACNUR, confirma que não há "chegadas significativas ao México", mas as causas para a migração permanecem.
Tijuana é um ponto chave na migração para os EUA, com 44 abrigos que estão com menos da metade da capacidade ocupada. Dados da ACNUR indicam que 90% da população migrante na cidade está fora dos abrigos.
As detenções na fronteira caíram drasticamente: de 128 mil no ano passado para 8 mil recentemente, uma mudança que Trump considera um sucesso.
A situação tende a favorecer traficantes e coiotes, com migrantes enfrentando violência e pobreza nos seus países de origem. Judith Cabrera, diretora do Border Line Crisis Center, alerta que o sonho americano persiste, incentivando tentativas de travessia.
Os migrantes que não tentam atravessar aguardam uma nova oportunidade, mesmo com o fechamento de sistemas de assistência. María de Lourdes Madrano menciona que muitos acreditam que sair da fronteira é desistir do sonho.
Wilker Hernández, um migrante venezuelano, menciona como sua vida se tornou um limbo em Tijuana, refletindo a incerteza imposta pelas políticas de Trump, que parecem ter reduzido a esperança para muitos.
Em resumo, embora os abrigos estejam vazios, as dificuldades enfrentadas pelos migrantes aumentaram, revelando uma nova realidade nesta rota migratória.