Como arriscado ataque de Israel ao Irã pode desencadear uma nova corrida nuclear
Israel intensifica ataques aéreos no Irã visando desacelerar o programa nuclear do país. O confronto é considerado um dos mais significativos desde a Guerra Irã-Iraque, com um número alarmante de vítimas.
Operação Leão Crescente, ataque sem precedentes de Israel ao Irã, é descrita como extremamente extensa e ambiciosa.
No sábado (14/6), Israel informou que sua Força Aérea realiza ataques extensivos em várias áreas do Irã. O governador do Azerbaijão Oriental relata 31 mortos, enquanto a imprensa iraniana menciona 60 mortos, incluindo crianças.
O enviado do Irã na ONU disse que os ataques já resultaram em 78 mortos e mais de 320 feridos, mas a verificação independente é difícil. Este ataque é considerado o maior ao Irã desde a Guerra Irã-Iraque.
O alvo inclui locais nucleares e defesas aéreas, com inteligência israelense identificando figuras-chave do comando militar. Entre os mortos, estão líderes da Guarda Revolucionária Islâmica e pelo menos seis cientistas.
Israel busca retardar o programa nuclear iraniano e um acordo de 2015 foi abandonado. O enriquecimento de urânio do Irã chegou a 60%, próximo do necessário para produzir armas nucleares.
O momento do ataque é visto como estratégico, visando a fraqueza do Irã devido a perdas em seus aliados e defesas. Agências internacionais pressionam o Irã a cumprir suas obrigações.
As negociações entre EUA e Irã foram ameaçadas, com o presidente iraniano afirmando que não haveria diálogos enquanto os ataques persistissem. O líder supremo do Irã prometeu "punição rigorosa" a Israel.
O ataque pode provocar uma corrida nuclear no Oriente Médio, com países como a Arábia Saudita considerando desenvolver suas próprias arsenais nucleares, caso o Irã busque obter armas nucleares em resposta.