Como a Weg (WEGE3) deve ser impactada com tarifaço de Trump, segundo BTG e Goldman Sachs
Empresas brasileiras, como a Weg, enfrentam riscos devido ao impacto das tarifas comerciais dos EUA. Análises apontam que uma desaceleração econômica poderá afetar negativamente as vendas e a lucratividade da companhia, apesar de pedidos em carteira que oferecem certa proteção.
Guerra Comercial Impacta Empresas Brasileiras
A guerra comercial iniciada após o anúncio de Donald Trump sobre tarifas está afetando empresas brasileiras, como a Weg (WEGE3), que tem exposição à economia americana.
Análises do BTG e do Goldman Sachs indicam que uma desaceleração econômica nos EUA pode impactar a Weg. No entanto, a empresa possui pedidos em carteira que se estendem além de 2025, ajudando a mitigar riscos.
Os EUA representam 20 a 25% das vendas da Weg, com destaque para transformadores e motores elétricos. Uma parte significativa da produção vem do México, que está isenta de tarifas por enquanto. Mudanças nesse cenário podem afetar a companhia.
Em relação ao Brasil, a tarifa adicional de 10% impactará os transformadores exportados, mas a escassez desse produto nos EUA deve permitir o repasse de preços sem resistência significativa.
A Weg também se beneficia da aquisição da Regal, aumentando sua presença nos EUA. O BTG recomenda compra das ações, com preço-alvo de R$44.90.
O Goldman Sachs nota que a visibilidade sobre o impacto das tarifas é limitada, mas alerta que a lucratividade da Weg pode ser negativamente afetada no curto prazo. Em longo prazo, a empresa pode repassar preços devido à concorrência.
A perspectiva de crescimento fraco do PIB no Brasil e EUA também impacta a Weg, cujo crescimento está vinculado ao desempenho econômico. O Goldman projeta o PIB brasileiro a 1,7% em 2025/26, e o americano a 1,5% no mesmo período. A Receita de motores industriais está correlacionada ao PIB, aumentando riscos.
O Goldman Sachs recomenda venda das ações da Weg, com preço-alvo de R$49,60.