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Como a União Europeia sucumbiu ao rolo compressor tarifário de Donald Trump

A União Europeia cedeu às tarifas de Donald Trump em um esforço para evitar uma guerra comercial, adotando uma abordagem cautelosa em meio a divisões internas. Críticos apontam que a falta de uma resposta firme pode ter custado melhores condições comerciais para o bloco.

Capitulação da União Europeia diante da ofensiva comercial de Donald Trump se concretizou em 10 de abril, após o presidente dos EUA impor tarifas que causaram queda nos mercados financeiros.

Trump recuou, reduzindo tarifas para 10% em 9 de abril. Porém, a UE também retrocedeu, aceitando negociações com tarifas sobre aço, alumínio e veículos. Optou por tolerar a dor, na expectativa de um acordo melhor.

Em um acordo fechado em 27 de abril entre Ursula von der Leyen e Trump, a UE aceitou uma tarifa americana de 15%, excluindo o aço de limites mais rigorosos. A decisão trouxe alívio, mas também arrependimento por não ter retaliado antes.

Georg Riekeles, ex-funcionário da Comissão Europeia, destacou que a UE poderia ter feito mais ao responder vigorosamente em abril, quando as tarifas começaram. Trump considera a UE um "parasita" que prejudica os EUA.

A resposta da UE foi lenta e desajeitada. O governo alemão buscou um acordo complexo que não se concretizou devido às exigências americanas de concessões unilaterais.

  • Trump impôs tarifas de 25% sobre aço, alumínio e carros em março.
  • Ministros de Comércio da UE estavam em desacordo, com divisões sobre como reagir.
  • O governo francês pedia uma postura mais firme, mas a presidente da Comissão preferiu cautela.

Um segundo pacote de tarifas contra os EUA foi aprovado em julho, totalizando € 93 bilhões, mas expôs divisões na Comissão.

A falta de uma reação mais forte refletiu preocupações sobre a segurança americana, já que a Europa depende dessa garantia, especialmente em relação à Ucrânia e à OTAN.

Após a rejeição de um acordo de 10% proposto, a Comissão Europeia aceitou a tarifa de 15%. Um embaixador comentou que a UE foi atropelada pelo presidente dos EUA.

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