Como a Selic em queda pode beneficiar Marcopolo e Randon no setor de bens de capital
Expectativa de redução da Selic traz otimismo para empresas do setor de bens de capital. Analistas destacam Marcopolo e Randon como principais apostas, enquanto desafios cercam companhias expostas ao dólar.
Expectativa de queda na Selic beneficia setor de bens de capital
Empresas voltadas ao mercado doméstico devem se beneficiar da previsão de queda da taxa Selic no Brasil, segundo a XP Investimentos.
A Selic deve se manter em 15% até o fim deste ano e cair para:
- 12,50% em 2026
- 10,50% em 2027
- 10% por 27 semanas em 2028
Entre as companhias destacadas, a Marcopolo (POMO4) é a principal recomendação. A empresa prevê:
- Melhora nos resultados nos próximos trimestres
- Aumento nos volumes e melhor composição do mix de produtos
O preço das ações da Marcopolo é atrativo, com P/L projetado de 6,3 vezes. Espera-se dividendos próximos a 9% até 2026.
A Randon (RAPT4) também é vista com potencial, especialmente com melhorias nas áreas cíclicas. Fusões e aquisições podem proporcionar ganhos extras.
A Kepler Weber (KEPL3) é favorecida pela redução do déficit de armazenagem e recuperação do agronegócio. A Iochpe-Maxion (MYPK3) é preferida por seu valuation barato e potencial de dividendos.
Por outro lado, a valorização do real dificulta ganhos de curto prazo para empresas com receitas em dólar, como WEG (WEGE3) e Embraer (EMBR3). As projeções de lucro líquido para 2026 estão abaixo do consenso do mercado, com 9% para WEG e 4% para Embraer.
Recomendações da XP para o setor de bens de capital: