Como a fome em Gaza coloca a política externa de Donald Trump à prova?
Trump reconhece a crise de fome em Gaza e promete aumentar a ajuda humanitária. O presidente destaca a necessidade de mudanças na distribuição de alimentos, mas mantém uma abordagem crítica em relação à falta de agradecimento pelos esforços dos EUA.
Donald Trump reconhece fome extrema na Faixa de Gaza
No dia 28 de agosto, o presidente Donald Trump reconheceu a existência de fome extrema em Gaza, após meses de bombardeios israelenses e restrições de ajuda que deixaram quase 2 milhões de palestinos em crise alimentar.
Durante uma coletiva na Escócia, Trump mencionou a abertura de novos pontos de distribuição de alimentos, mas sem detalhes sobre como a ajuda chegaria à região. Ele afirmou: “Quero garantir que recebam a comida, cada grama de comida.”
Trump, que tem uma abordagem transacional na política externa, chamou a fome em Gaza de um teste para sua administração. Ele criticou a falta de reconhecimento pela ajuda americana, cobrando maior contribuição de outros países. “Ninguém disse: ‘Poxa, muito obrigado’”, reclamou.
Após encontros com líderes europeus, Trump ajustou sua posição, reconhecendo uma “fome real” em Gaza e a necessidade de mais ações dos EUA. Agências internacionais relataram que, em agosto, ao menos 56 palestinos morreram de fome na região.
Trump expressou frustração com a atual distribuição de ajuda e propôs centros de distribuição sem barreiras para facilitar o acesso aos alimentos. “É uma loucura o que está acontecendo lá”, disse ele.
Desde janeiro, o governo Trump anunciou a liberação de US$ 30 milhões para um novo sistema de ajuda em Gaza, embora tenha enfatizado que “nenhuma outra nação deu dinheiro”. Em contraste, a União Europeia destinou cerca de US$ 605 milhões em ajuda desde 2023.
Trump agora deve decidir como os EUA liderarão diante da crise humanitária em Gaza enquanto confronta a questão de priorizar problemas internos.